Investigação: tortura animal rende muito dinheiro no YouTube, Facebook e TikTok

Investigação: tortura animal rende muito dinheiro no YouTube, Facebook e TikTok
Investigação: tortura animal rende muito dinheiro no YouTube, Facebook e TikTok (Foto: François Verbeeck/Unsplash)

Uma investigação realizada por uma coalizão de organizações de bem-estar animal na Ásia revelou que vídeos e imagens de tortura animal rendem muito dinheiro nas maiores plataformas de mídia social do mundo, incluindo YouTube, Facebook e TikTok. As informações são do jornal Independent.

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Os vídeos incluem macacos bebês sendo enterrados vivos, filhotes de gato sendo pisados ou incendiados, pessoas comendo animais vivos e cachorros e patos sendo esmagados até a morte por cobras.

Em apenas três meses, estima-se que o YouTube ganhou cerca de US$ 12 milhões (aproximadamente R$ 63 milhões) com o compartilhamento de conteúdo de crueldade contra os animais, além de os próprios criadores, que ganharam quase US$ 15 milhões (R$ 78 milhões).

Durante a investigação, a coalizão de organizações de bem-estar animal documentou 5.480 links para vídeos de crueldade contra os animais no YouTube, Facebook e TikTok, publicados como entretenimento, somente entre julho do ano passado e deste ano.

Os investigadores disseram que só esses vídeos tiveram cera de 5,3 bilhões de visualizações. O Instagram já foi condenado anteriormente por permitir este tipo de conteúdo em seu site, mascarados de entretenimento.

Indonésia, Estados Unidos, Austrália, Camboja, África do Sul e Coréia do Sul aparecem como países onde o conteúdo de crueldade é feito, descobriu o novo estudo. “Documentamos imagens chocantes de animais selvagens mantidos como animais de estimação e abusados ​​repetidamente diante das câmeras. Gatinhos e outros animais jovens foram incendiados enquanto os filmadores riam”, disseram os autores do relatório.

O YouTube teve os vídeos mais cruéis, disseram os investigadores, mas o Facebook permitiu grupos e páginas criptografadas onde conteúdo inaceitável pode ser compartilhado sem ser detectado. No Facebook e no YouTube, a maioria dos casos foi “óbvia e intencional”, segundo o relatório.

Pássaros, cães e gatos são mais comumente abusados, mas algumas espécies usadas são classificadas como ameaçadas, incluindo pangolins, ursos, gibões, pítons e macacos.

Os anúncios são incorporados ao conteúdo de crueldade, então as empresas e organizações estavam lucrando involuntariamente, incluindo vários grupos de proteção e bem-estar animal, alguns dos quais já tomaram medidas, observou o relatório.

A coalizão está convocando YouTube, Facebook, TikTok e outras plataformas de mídia social para trabalhar com especialistas para desenvolver sistemas de monitoramento “robustos” para identificar e remover conteúdo cruel sem depender de espectadores que o relatem.

As organizações dizem que até mesmo tentar falar com os chefes nas plataformas online é difícil. No passado, os canais de mídia social insistiam em não permitir que a crueldade fosse mostrada e remover conteúdo que violasse suas diretrizes.

Mas os autores do relatório disseram que viram vídeos que permaneceram ao vivo, apesar de terem sido relatados várias vezes, ou canais que foram fechados reaparecendo sob um disfarce diferente.

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